sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Filme Remoção é exibido neste sábado em vila kennedy


Certamente você já ouviu falar das Favelas do Esqueleto (onde atualmente está localizada a UERJ), Maria Angú (Ramos) e Pasmado (Botafogo). Não é tão difícil encontrar moradores antigos de bairros como Vila Kennedy, Cidade de Deus, Vila Aliança entre outros, contando histórias de como ocorreu o deslocamento de famílias inteiras dessas favelas localizadas nas zonas norte e sul para conjuntos habitacionais da zona oeste. Uma ótima pedida para este fim de semana é a exibição do documentário REMOÇÃO, dos diretores Anderson Quack e Luiz Antônio Pilar. O filme narra, através de depoimentos, a história das remoções ocorridas nas décadas 60 e 70 em um Rio de Janeiro em processo de modernização e crescimento econômico. O filme será exibido no Centro Comunitário Irmãos Kennedy, na Vila Kennedy, uma das comunidades criadas nesse âmbito de remoções. Venha e traga sua família. Compartilhe! Divulgue! É de graça!

Serviço

Quando: Sábado (21) 
Horário: 19h
Onde: Centro Comunitário Irmãos Kennedy (CCIK)
Quanto: Entrada gratuita
Realização: CCIK, FLIZO, Lapidar Produções e Coletivo CurtaVK.


domingo, 15 de dezembro de 2013

Caravana Viva Favela + CurtaVK + Cidade de Deus 10 Anos Depois + Leandro Firmino + VK

Neste sábado (14) o Coletivo CurtaVK, em parceria com o portal Viva Favela e Centro Comunitário Irmãos Kennedy, teve o prazer de receber o ator Leandro Firmino para falar um pouco sobre o documentário "Cidade de Deus - 10 Anos Depois" dos diretores Cavi Borges e Luciano Vidigal. Segue algumas fotos sacadas não somente pelo coletivo, mas pelas crianças que abrilhantaram o evento. 


























sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Curta VK nO Globo

"Cidade  de  Deus   -   10  anos  depois" 
será exibido na Vila Kennedy no sábado
  • Leandro Firmino, o Zé Pequeno, assistirá pela primeira vez ao filme de Cavi Borges e Luciano Vidigal durante o projeto “Curta Vila Kennedy”
Dupla. Cavi Borges e Leandro firmino, diretor e ator do longa 
“Cidade Deus 10 anos depois”, fazem exibição do filme em Vila Kennedy, 
Zona Oeste do Rio.

RIO - Aos 23 anos, o acaso fez com que o cinema encontrasse Leandro Firmino, morador da Cidade de Deus, que despontou no longa homônimo de Fernando Meireles como o destemido Zé Pequeno, em 2002. A escalação para o filme seria o primeiro passo para que a carreira do office-boy de uma empresa na Barra da Tijuca ganhasse projeção internacional.
Dez anos depois, ele participou de outro longa, agora com o objetivo de trazer à tona, de maneira despretensiosa, a atual situação dos atores que compuseram com brilhantismo orgânico a trama adaptada por Bráulio Mantovani, a partir do livro de Paulo Lins. O documentário de Cavi Borges e Luciano Vidigal “Cidade de Deus -10 anos depois”, será exibido neste sábado, em Vila Kennedy, através do projeto Curta Vila Kennedy, em parceria com o projeto Viva Favela, da ong Viva Rio. O evento vai contar com a presença do ator para um bate papo com os espectadores, e de sua mãe Marly Firmino. Ambos são frequentadores assíduos da região às margens da Avenida Brasil.
- Nunca tive pretensão de ser ator, a ficha só caiu mesmo quando eu estava em Cannes, competindo com outros profissionais. A importância da linguagem do cinema para conscientizar é gigantesca. Vi muitas vidas serem transformadas — conta Firmino que, desde então, atuou nos filmes "Cafundó", "Trair e Coçar, É Só Começar", "O Homem que Desafiou o Diabo", entre outros.
- Claro que no início pensei em desistir, a pressão é grande. Mas, de lá para cá, fiz mais cinema, e continuo trabalhando como ator, só não sei até quando, é um campo bastante instável ainda, principalmente quando se é negro. Também participei da novela "Vidas Opostas", da Record, onde fiquei uns dois anos e meio, conta o ator, que ressalta a necessidade de ações espontâneas dentro de áreas ignoradas pelo poder público.
O ator que ainda não conseguiu ver o filme pronto, diz que está ansioso para saber qual será a reação do público. O convite feito a ele para a exibição do longa dentro de uma comunidade na Zona Oeste, partiu de uma das produtoras do projeto "Curta Vila Kennedy", Luana Dias.
- Leandro sempre viveu aqui na área por ter parentes em Vila Kennedy, ele sabe da ausência de políticas públicas em prol do acesso à informação e à cultura. Poder contar com ele como parceiro é uma alegria. A ideia é justamente aproximar essas duas pontas, despertando a curiosidade das pessoas para a magia do cinema —ressalta.
Outro parceiro do projeto é o próprio cineasta Cavi Borges, que esteve presente na primeira edição do projeto, e agora fornece o longa para complementar a programação. Ele afirma que não tem interesse em manter o filme apenas no circuito de cinema convencional, e que a ideia é fazer com que ele seja exibido em todos os cineclubes do Brasil.

- Conheci a galera em 2012, eles fazem um trabalho incrível numa área totalmente abandonada pelo sistema. Virei fã deles, e quando precisam sempre fornecemos filmes para as exibições. Em Vila Kennedy há o Teatro Mário Lago, espaço maravilhoso, que está fechado. Estas ações compõem um legado importante na formação de público para o cinema — diz Borges.




               
Cavi Borges (esq) e Luciano Vidigal, diretores do documentário "CDD 10 Anos Depois" 
O documentário

Cavi Borges e Luciano Vidigal começaram as filmagens com ajuda de amigos e parceiros. Com dificuldades financeiras para concluir o documentário, eles tiveram de correr contra o tempo para não perder a efeméride de dez anos, e conseguir participar do Festival do Rio, em setembro. O roteiro é de Gustavo Mello e Luis Nascimento.

O filme foi feito pela periferia, na periferia. “Cidade de Deus”, o filme é um marco. Foi ali que tudo começou. Na realização do longa, a mão de obra foi composta basicamente por pessoas que fizeram parte do filme do Fernando Meireles, há dez anos atrás— diz o Borges.
O cineasta conta que nos últimos 30 dias, o longa “Cidade de Deus 10 anos depois”, foi exibido em 22 cineclubes.
Começamos no morro do Vidigal entrevistando o pai do Filipinho (o garotinho que toma o tiro no pé no “CDD”). Quando participou do filme, Filipinho tinha apenas 7 anos, era seu pai que administrava sua carreira e, por isso, achamos legal entrevistá-lo para saber como era essa relação pai-empresário, e como ele viu as transformações vividas pelo seu filho nesses últimos 10 anos — conta Cavi.
Infelizmente, nem todos tiveram um destino feliz. Um dos atores que fez parte do criminoso Trio Ternura no filme como o personagem Alicate se envolveu com drogas e hoje está desaparecido.
- Ele saiu da ficção para a realidade. Virou traficante e hoje está desaparecido. O menino tinha arte, mas ele não soube administrar a potência do sucesso que o filme teve. O documentário "Cidade de Deus- 10 anos depois" também é um reforço na minha auto estima como negro dentro da sociedade. Continuo na torcida utópica e na luta através da sétima arte de ver uma mídia mais justa, digna e colorida — diz Vidigal.
Saiba mais na página do documentário: Cidade de Deus 10 anos depois

O "Curta Vila Kennedy"

O "Curta Vila Kennedy" é um festival de curtas metragens que visa promover a cultura audiovisual dos moradores da Vila Kennedy, bem como integrar e fomentar a troca de experiências com moradores de outras comunidades periféricas. A idealização fica por conta de jovens da própria comunidade. 

Serviço

Exibição do filme "Cidade de Deus- 10 anos depois".
O evento ainda contará com grafitti, parkour e música.Onde: Centro Comunitário Irmãos Kennedy (Antiga Creche das Irmãs).
Endereço: Estrada Sargento Miguel Filho, 371, Vila Kennedy (O CCIK fica bem perto da Av. Brasil, altura do nº 34.865).
Quando: Dia 14/12, Sábado
Horário: As atividades da Caravana Viva Favela começarão às 15h e a exibição do documentário, às 18h.

Reportagem: Erica Magni
Fotos: Internet

Fonte: O Globo

domingo, 8 de dezembro de 2013

"Cidade de Deus - 10 Anos Depois" será exibido na Vila Kennedy

O Curta Vila Kennedy, em parceria com o Viva Favela, irá apresentar o inédito documentário "Cidade de Deus - 10 anos depois" no próximo sábado, dia 14. Ao final do filme, haverá um debate com um dos protagonistas, Leandro Firmino (Zé Pequeno).

Além da exibição, o evento ainda contará com grafitti, parkour, música e outras surpresas! 

É programação para a família inteira. Apareçam!!
O evento é totalmente gratuito.


Serviços:

Onde: Centro Comunitário Irmãos Kennedy (Antiga Creche das Irmãs).
Endereço: Estrada Sargento Miguel Filho, 371, Vila Kennedy (O CCIK fica bem perto da Av. Brasil, nº 34.865).
Quando: Dia 14/12, Sábado
Horário: As atividades da Caravana Viva Favela começarão às 15h e a exibição do documentário, às 18h.
Mapa de como chegar: CCIK


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Criador do Curta VK é o "Carioca Nota 10" na Veja Rio dessa semana

Carioca Nota 10: Guilherme Júnior

O professor de artes Guilherme Júnior criou o festival de cinema Curta VK na Vila Kennedy

por Bruna Talarico | 06 de Novembro de 2013

Distante mais de 40 quilômetros da região central da cidade, nas margens da Avenida Brasil, a Vila Kennedy costuma ser lembrada como uma área conflagrada, na qual truculentas operações policiais convivem com embates entre criminosos. Há pouco mais de um ano, no entanto, esse cenário recebeu uma iniciativa que ajuda a desanuviar a rotina violenta. O responsável é Guilherme Júnior, de 32 anos, morador do lugar e professor de artes. Com a ajuda de cinco amigas (Érica Magni, Luana Dias, Debora Dantas, Isabele Aguiar e Isabel Navega), ele organizou um festival de cinema que ajuda a resgatar a autoestima das pessoas que vivem ali. Batizado de Curta VK, o evento anual, que já exibiu para a população filmes como Cinco Vezes Favela — Agora por Nós Mesmos, coordenado por Cacá Diegues, acaba sendo uma rara opção de lazer e cultura em uma das regiões mais carentes da cidade. "A Vila Kennedy nunca tinha recebido esse tipo de atenção nem sediado algo tão agregador", afirma o organizador. 


"Muitas das pessoas que compareceram ao festival da Vila Kennedy tiveram ali seu primeiro contato com o cinema"



Formado pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Guilherme teve a ideia de realizar o festival ao participar de um programa de intercâmbio na cidade do Porto, em Portugal. A proposta é exibir longas e curtas- metragens ao lado de filmes feitos pelos próprios moradores, que entram em competição e são avaliados por profissionais do ramo. O vencedor recebe como prêmio um equipamento de filmagem. "Muitas das crianças e também adultos que compareceram aos nossos eventos na Vila Kennedy tiveram ali seu primeiro contato com o cinema. Com o festival, pudemos perceber quanto iniciativas como essa elevam a autoestima das pessoas", diz Guilherme. O objetivo, agora, é fomentar novas empreitadas que ofereçam cultura gratuita e de qualidade em outras áreas pobres assoladas por altos índices de violência.



fonte: Veja Rio

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Show de Mano Brown leva fãs a Vila Kennedy


O show estava marcado para 22 horas, mas meia noite ainda não se ouvia uma só nota saindo das caixas de som, montadas às pressas na quadra da Unidos de Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio. A apresentação prevista nesta sexta, 11, era do rapper Mano Brown, vocalista do grupo paulistano Racionais MC’s.

Vinícius de Jesus, um dos organizadores da vinda do cantor ao Rio, foi avisado no mesmo dia que o show tinha sido proibido pelo comandante do 14º Batalhão da PM, Gláucio Monteiro. Com a proibição, os serviços contratados para o show foram cancelados. O alvará liberando o espaço só chegou às oito da noite, quando Vinícius começou uma árdua correria contra o tempo para encontrar uma equipe que pudesse fazer o som de Mano Brown e seus convidados.

Para o cantor, cujas músicas denunciam a violência e o preconceito contra as classes mais desfavorecidas, o incidente é revelador desta discriminação. “Minha música incomoda muita gente”, avaliou Brown, conhecido por seus problemas com a polícia, que freqüentemente proíbe suas apresentações nas periferias.

Em entrevista exclusiva ao Viva Favela antes do show, Mano Brown falou sobre seu novo projeto, “Suite Music – A força do rap com a potência do soul”, realizado em parceria com o também rapper Lino Krizz. “O nome já diz tudo, é música doce de se ouvir e de dançar. Há uma grande influência da música soul dos anos 70, mas com um compasso contemporâneo tendo o rap como base. É música feita a partir de experiências pessoais, em nossos melhores e piores momentos. Diz muito sobre a solidão, o amor, a família, as belas mulheres”, descreveu.

Seu último show, em uma boate chique de São Paulo, frente a um público classe média, resultou em críticas na mídia as quais Brown responde com certa exaltação. “São jornalistas recalcados. Depois de tanto tempo de estrada tocando em periferias e guetos, é fato nos transformarem em vidraças a partir de atitudes que fogem de nossa ideologia.” Sobre as manifestações que vêm acontecendo nos últimos meses pelo Brasil, o cantor é enfático. “Toda manifestação é válida. Quem deve ditar as regras é o povo. O Brasil é nossa casa.”

Após longas horas de testes de som, Mano Brown e seus convidados subiram no palco pouco antes do amanhecer, sob aplausos histéricos de uma platéia de aproximadamente 1 000 pessoas. Além das músicas do novo projeto, Brown e convidados cantaram peças memoráveis do repertório dos Racionais como “1 por amor. 2 por dinheiro”, “Vida Loka I e II”, “Eu sou 157” e “Jesus Chorou”, deixando o público eufórico.

Apesar do atraso, o público não faltou e veio de diversos cantos da cidade prestigiar o artista. A paulista Alzira Valéria (31), radicada há oito anos no Rio, é moradora da Tijuca, e fã de Mano Brown e companhia desde os 16 anos. Já foi a inúmeros shows, inclusive no Capão Redondo, bairro da região sudoeste de São Paulo onde surgiram os Racionais, no início da década de 90. “Eu me sinto influenciada quando ouço as músicas dos caras. Gosto de várias como ‘Da ponte pra cá’ e ‘Jesus Chorou´”.

Os amigos Sandro Silva (19), Marvin Lobo (18) e Pablo Borges (25) contam que ouvem Racionais desde criança. O grupo influenciou o gosto pelo hip hop, gênero nascido no subúrbio de Nova York. “Eu comecei a ouvir por influência do meu vizinho, que costumava colocar o som deles nas alturas, daí não parei mais de ouvir” revela Sandro. Pablo diz que músicas como a dos Racionais ajudam a criar um senso crítico perante problemas da sociedade. “As músicas do Mano Brown soam como conselho que ouvimos de um irmão mais velho.”


Já Marcos (55), que veio a convite da filha Luana (28), estabelece uma relação de sinergia com o grupo. “A primeira vez que ouvi me causou um impacto. As letras do Mano Brown buscam uma identidade voltada às raízes africanas. Ele é um dos grandes representantes do movimento negro no Brasil."

Ana Flávia (18) foi acompanhada de sua mãe Saiúre (35). Fanática pelo grupo, vê a história contada em “Negro Drama” se confundir com a de seu pai, preso em Bangu 3 há um ano e nove meses. “Meu pai vive muito o que essa música fala. Eu acompanho de perto seu sofrimento. É uma história real que acontece com muitos brasileiros afrodescendentes, que lidam com o racismo de cor e classe social”.


Antes de o show acabar, sob a luz do crepúsculo, o cantor anunciou a próxima apresentação dos Racionais, e convidou a platéia a marcar presença, em referência ao incidente do início da noite. “Dia 8 de novembro quero todo mundo presente na Fundição. A casa vai cair”, encerrou.

Por Guilherme Junior

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Curtindo a Vila Kennedy


       A escritora Clarisse Lispector, em um de seus mais emocionantes poemas - "Há Momentos" - nos aconselha que devemos sonhar com o que quisermos, ser o que quisermos ser. Que independente das dificuldades, é necessário buscar um futuro brilhante, baseado num passado intensamente vivido. É a partir desse poema que  o diretor Guilherme Junior estruturou o curta-metragem documental "Curtindo a Vila Kennedy" com parceria do Bairro Educador e alunos da Escola Municipal Orestes Barbosa - localizada no mesmo bairro. Nossa gente falando de suas experiências, contando o que há de melhor e o que há para se melhorar em nossa comunidade. Um universo de assuntos que se desenrola em pouco mais de 5 minutos cujo objetivo é mostrar que "a vida não é de se brincar, porque em um belo dia se morre."


segunda-feira, 24 de junho de 2013

1 dia, 2 filmes. Críticas:


Universidade Monstros: Se Sullivan é o grande astro do primeiro filme da Disney/Pixar, Mike Wazowski rouba a cena em Universidade Monstros e mostra que não precisa ser um grandalhão com uivo estridente pra ser um bom empregado da Monstros S/A.

Minha mãe é uma peça - O Filme: Vi a minha mãe, as minhas tias, as mães dos meus amigos em um personagem só. Tudo junto e misturado com muitas cenas engraçadas com pitadas de doçura - coisas que só nossas mães têm. Se a Senhora dos Absurdos (220Volts - Canal Multishow) era a minha personagem favorita, Dona Hermínia alcançou o primeiro lugar sem muito esforço. Muitas palmas para Paulo Gustavo.

Por Guilherme Junior

terça-feira, 4 de junho de 2013

Elenco do filme Faroeste Caboclo visita Ponto Cine


Nesta segunda-feira (3) o Ponto Cine recebeu os astros do longa-metragem brasileiro "Faroeste Caboclo", filme baseado na famosa música de mesmo nome do cantor e compositor Renato Russo líder da banda Legião Urbana.  O diretor Renê Sampaio, a produtora Bianca de Felippes e os atores Fabrício Boliveira e Felipe Abib participaram de mais uma edição do "Diálogos com o Cinema".


O diretor Renê Sampaio falou da experiência de tornar uma música de aproximadamente 9 minutos em um filme de 105 minutos: "Tivemos que fazer um recorte do tema central da música. Sabemos que algumas partes não foram incluídas no filme, mas é porque não se encaixavam no drama que eu queria contar para os espectadores. Algumas partes que eram ditas pelos personagens na música não cabiam nas falas dos personagens do filme." Renê ainda falou do contato que teve com a família do Renato Russo no desenvolvimento do projeto: "A família do Renato foi muito bacana com a gente. Me deixaram a vontade e não interferiram em nada no resultado. Eles foram essenciais nesse trabalho."


A recepção do público nas salas de cinema pelo o Brasil não poderia ser melhor. Logo no primeiro final de semana, o público registrado já passou de meio milhão. A produtora Bianca de Felippes vibrou ao dar a notícia ao público que compareceu em peso ao evento: "Estamos muito felizes com o resultado do nosso trabalho. Nós que trabalhamos com cinema nacional sabemos que temos que brigar dia após dia com os blockbusters americanos que já possuem vaga garantida nas salas de exibição. Uma quantidade tão grande de gente assistindo a um filme nacional em seu primeiro final de semana é uma vitória."

Os atores representantes do triângulo amoroso Fabrício Boliveira (João de Santo Cristo) e Felipe Abib (Geremias) discorreram sobre o processo de criação de seus personagens que disputavam o amor de Maria Lúcia interpretada pela atriz global Ísis Valverde: 
- João de Santo Cristo é um personagem intenso. É um andarilho. Eu brincava nos bastidores dizendo que o que guiava o personagem eram seus pés. Ele vivia como nômade, sempre em busca de um lugar pra ser chamado de seu - completou Fabrício.


Já Felipe imaginou o antagonista Geremias como um jovem delinquente - como os skinheads - de Brasília. 
- Quando construí o Geremias pensei naqueles playboys que gostam de fazer arruaça, promovem festa de roque, picham muros da cidade, queimam índios. Tentei trazer a história passada na música para um ambiente bem real. 
No final do bate papo, o público ainda foi contemplado com o show da banda "Zero 9" com participação do cover oficial do Renato Russo, Guilherme Lemos que interpretou músicas memoráveis como "Teatro dos Vampiros", "Que país é esse?" e a música que dá nome ao filme "Faroeste Caboclo".
Maiores informações sobre o "Diálogos com o Cinema", acesse a página do Ponto Cine: www.pontocine.com.br